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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Guitarra Eletrica

Não dá para conceder esse mérito a uma única pessoa. O instrumento foi resultado de uma longa evolução e da colaboração mútua entre músicos e técnicos em eletrônica e carpintaria, numa história que teve, inclusive, a participação de brasileiros. A peça fundamental da guitarra é o captador. Esse dispositivo, inventado em 1923 pelo músico e engenheiro acústico americano Lloyd Loar, transforma a vibração das cordas de aço em sinais elétricos, enviados a um amplificador e daí a um alto-falante. A invenção de Loar permitiu que o imigrante suíço radicado nos Estados Unidos Adolf Rickenbacker construísse e patenteasse um instrumento de braço longo e corpo redondo, com uma placa sólida de alumínio. O modelo de Rickenbacker, desenvolvido em 1932, é considerado por alguns historiadores como a primeira guitarra equipada com captadores elétricos. Aos poucos foram surgindo também os modelos feitos em madeira com o corpo oco, o que gerava problemas de microfonia.

As guitarras de madeira maciça apareceram para valer só nos anos 40. Nessa década, vários americanos trabalharam paralelamente no aperfeiçoamento do instrumento. Um técnico especializado em consertar rádios chamado Leo Fender foi o primeiro a produzir em escala comercial guitarras de corpo sólido, que ele batizou de Broadcaster - nome que seria mudado para Telecaster. Para concorrer com Fender, a fábrica de instrumentos Gibson, que já produzia violões elétricos com captadores, convidou o músico Les Paul para redesenhar um protótipo desenvolvido por ele. Em 1947, Paul Bigsby, outro fabricante, uniu-se ao cantor de música country Merle Travis para projetar sua própria guitarra elétrica de corpo maciço, considerada o modelo mais próximo do que conhecemos hoje. Alheio a tudo isso, no Brasil, o eletrotécnico e músico baiano Adolfo Nascimento, mais conhecido como Dodô, buscava desde 1938 uma forma de usar um captador para amplificar o som de seu cavaquinho.

Ele discutia a idéia com o também músico e amigo Osmar Macedo, com quem fundaria o famoso Trio Elétrico Dodô e Osmar. Por volta de 1944, Osmar desenvolveu um instrumento que nem corpo tinha, era apenas um braço de cavaquinho com captador, chamado de "pau elétrico".

A invenção atraiu a atenção de marinheiros americanos de passagem pela Bahia. Ninguém sabe ao certo, mas há quem diga que essas engenhocas chegaram às mãos de inventores americanos, influenciando também o desenvolvimento da guitarra.


Evolução musical
Instrumento nasceu de modelo primitivo e ficou cada vez mais sofisticado
Rickenbacker Electro Hawaiian

Bisavó das guitarras atuais, ela foi inspirada na guitarra havaiana, tocada no colo do músico, com um cilindro metálico ou de vidro, que deslizava sobre as cordas. O formato e a placa de alumínio no corpo lhe renderam o apelido de "frigideira"

Pau Elétrico

Inspirado pela exibição de um violonista clássico que se apresentou em Salvador com um violão elétrico, o músico Osmar Macedo criou essa guitarra primitiva, usando um captador colocado numa peça de jacarandá.

Modelos: 

Les Paul:


Foi o primeiro modelo de corpo sólido produzido em série pela Gibson. Projetada pelo músico americano Les Paul, sua principal característica é a capacidade de sustentar as notas por longo tempo.

Fender Stratocaster:




Uma das criações mais famosas do fabricante de instrumentos Leo Fender, a Stratocaster, lançada em 1953, era o modelo predileto de Jimi Hendrix, um dos maiores guitarristas de todos os tempos.

Gibson Flying V:





Tinha um visual futurista demais para a época em que foi lançada (1958), afastando os compradores. As vendas fracas fizeram com que a produção fosse suspensa dois anos após o lançamento. Ela voltou, porém, a ser fabricada no final dos anos 60.

Roland GS500:





Com o modelo GS-500, de 1977, a empresa japonesa Roland foi a pioneira na criação da guitarra-sintetizador. O instrumento comanda um módulo separado, com todos os recursos eletrônicos de um sintetizador para criar e manipular todo tipo de som.

As guitarras de dois braços ficaram famosas nos anos 70, quando Jimmy Page, do Led Zeppelin, usava uma Gibson EDS-1275 para tocar seu maior sucesso, "Stairway to Heaven". Não era truque de palco: ele tinha de alternar rapidamente os sons de 6 e 12 cordas durante os shows.




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